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Channel: Pequena Aventureira
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6 on 6 (1/15)

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Eu sou mesmo um péssimo exemplo. O primeiro 6 on 6 do ano e eu já estou dois dias atrasada. Parabéns, Alice! Tá, acho que vou ter que dar uma explicação. É o seguinte, deixei tudo para a última hora, nessa procrastinação toda, ontem o dia foi cheio. No entanto, hoje eu tive o privilégio de passar o dia em casa, sozinha e sossegada, o que fez com que as fotos ficassem um tiquinho melhores. Err, mais ou menos. Bom, de algumas eu realmente gostei, outras nem tanto... tirem as suas próprias conclusões.

O tema do mês é hobbies. Não achei um tema muito difícil mas todas as ideias que eu tinha iam por água abaixo porque não eram fotos que eu podia clicar na "tranquilidade" da minha casa e sabemos que sair por aí com uma câmera na mão não é nada seguro. Então eu fiquei sem saber o que fazer até que coloquei a cabeça para funcionar e descobri inúmeros hobbies além de um monte de ideias para fotografar. Todas as fotos eu tirei sozinha com a ajuda de um tripé, o que por um lado ainda é meio difícil pra mim. Eu vou pegar o jeito. Enfim, vejam


1 Eu amo cantar! Sério, é algo que eu simplesmente sou apaixonada, quando eu era criança até queria ser cantora, hihi. Meu pai (sempre ele...) era cantor de barzinho na juventude, tocava violão, fazia cantorias com os amigos da rua, essas coisas. Depois ele ficou meio enferrujado e até desaprendeu a tocar violão, mas ainda assim continua apaixonado por música e canta pelos cotovelos, assim como eu. Inclusive, aprendi isso com ele brincando de karaokê. Eu não sou lá muito boa nessa coisa de cantar, porém, quando não tem ninguém em casa, eu pego o microfone e faço um show particular para a minha imagem no espelho.


2 ♥ Da série: coisas que eu faço quando não tem ninguém olhando. Dançar, assim como cantar, é uma das melhores coisas da vida. Eu costumava pôr os DVDs da Beyoncé, Shakira, Rihanna (até Calypso, numa fase bem obscura da minha vida, hihi) e ficar dançando em frente à TV. Não que muita coisa tenha mudado desde então, faço o mesmo dando a desculpa que é para "ficar em forma". Mentira, eu gosto de fingir que sou uma diva mesmo.Não soube muito bem como representar a dança em fotos, mas quando eu vi essa sandália, lembrei um pouco de sapatilhas de balé por causa das fitas. Entretanto, a foto também me remete a uma mulher arrumando-se para sair, o que não deixa de ser algo que eu goste de fazer: me produzir e me sentir linda. Porque pra mim no final essa acaba sendo a melhor parte.


3 ♥ Esse item é meio redundante. Todo mundo ama ouvir música. Alem do mais, já falei que amo dançar e cantar, dizer que gosto de ouvir música é bem desnecessário. Sim, eu amo ouvir música. Vamos para o próximo.



4 ♥ Eu não gostei dessa foto. Minha pele está estranha, tem um mosquito na cortina, minha cara está gorda e minha expressão está estranha. Pra piorar, enquanto tentava tirar fotos equilibrando os livros na cabeça, O Livro Da Filosofia caiu de lá de cima, se espatifou no chão e agora está dodói. Ou seja, nada deu certo. Depois que o livro caiu, eu desisti e essa foi a foto melhorzinha que consegui. Adoro ler, preciso de livros novos e não quero mais falar dessas fotos para não lembrar do livro que deixei cair, beijos.


5 ♥ Acho que poucas pessoas sabem, mas eu gosto muito de desenhar. Não é algo que eu faça muito bem nem com a frequência que eu gostaria, ainda assim, é algo que me inspira muito. Acho que isso começou quando eu desenhava roupinhas com as minhas amiguinhas na segunda série, depois decidi fazer moda e continuei desenhando meus croquis até perceber que não nasci pra isso. Continuo gostando de moda, fazendo meus traços de vez em quando, treinando para ver se melhoro, mas é só por passatempo mesmo.



6 ♥ Por último e não menos importante... fotografia! Fotografar, ser fotografada, tirar foto de mim mesma, da câmera ou do celular, em casa ou em algum lugar novo, adoro. A ideia de registrar os momento pra mim é tão fascinante quanto surreal embora comum. O que me frustra bastante é justamente não poder sair pela minha cidade, aquela que amo e odeio de todo o coração, a Maceió linda e problemática em que eu nasci, por medo. Melhor parar por aqui, isso não é um Cidade Alerta da vida. Outra frustração é justamente não conseguir ter boas fotos dos melhores momentos. É um verdadeiro carma da minha vida. Nossa, eu falo demais. Bom, eu amo fotografia e isso é óbvio, senão eu não estaria participando de um projeto como esses.






6 on 6 é um projeto em que 6 blogueiras postam 6 fotos no dia 6 de cada mês durante 12 meses. 

Legal né? Vejam as fotos das outras blogueiras:






1/52 Álbuns: Para começos e recomeços

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Lá no finzinho do finado ano de 2014, listei algumas metas como de costume, entre elas, ver um filme por semana. Não deu certo. Então, lendo o Borboletando, fui apresentada ao desafio 52 álbuns para ouvir em 2015. Achei a ideia genial, além do mais, seria algo muito mais fácil para mim do que ver um filme por semana.  Portanto, toda semana prometo estar por aqui falando de música. Assim espero.

Foi um desafio que caiu como uma luva para mim, amante de música e futura violeira, que ultimamente não ouvia nada mais que Beyoncé e Taylor Swift por puro vício. A ideia é desapegar um pouco das músicas queridinhas e experimentar coisa nova, tirar algumas músicas do fundo do baú e de vez em quando falar dos nossos discos favoritos também. Nunca resenhei música ou coisa do tipo, nem sei por onde começar. Tá aí mais um motivo para aceitar o desafio.

Ah, mas não é uma coisa aleatória não, cada semana tem um tema interessante. O dessa semana é: Para embalar começos e recomeços. Difícil, heim?

Demorei um tempão pensando em algum álbum. Não me vinha nada legal na cabeça, juro! Decidi falar de Pitanga da Mallu Magalhães por causa de Velha e Louca, mas ao ouvir o disco, não lembrei muito de começos e recomeços não. No entanto, sabe que eu até gostei? Quem sabe depois eu não fale dele por aqui?


Porém, ainda não tinha nenhum álbum para recomeçar ou começar coisa alguma. Eis que lembro de Setevidas (2014)da Pitty. Meio óbvio, talvez, mas perfeito para o tema. Pois, para quem não sabe, Pitty não lançava música nova há quatro anos até então, exceto pelo seu projeto paralelo chamado Agridoce. Ela recomeçou da melhor forma possível, com mais disco inédito, o quarto da banda, e talvez o meu favorito. 

Além disso, o disco tem toda essa temática de morte e ressurreição, começo e recomeço, como o próprio nome sugere. Com o perdão da palavra, sempre gostei da Pitty mas nesse álbum ela está muito foda. Em todos os sentidos. Mais madura, mais mulherão. Voltou mais linda e goxtosa do que nunca, diga-se de passagem. E as composições... putz. Desculpem, mas tenho um amor platônico por essa mulher.

Ouvi Pitty dizer em algum lugar que a intenção era fazer um som com jeitão de garagem e elegante ao mesmo tempo. Posso te falar que os meus ouvidos leigos conseguem escutar uma perfeita garagem chique dali. Sobre as letras, algo que me chamou a atenção é que são usadas inúmeras ótimas metáforas em quase todas as músicas. A massa por exemplo, é uma metáfora em forma de música.Talvez seja algo costumeiro dos outros trabalho dela, mas só me chamou atenção agora.


Logo de cara, com Pouco a gente já percebe a vibe melancólica do álbum e assim é na maior parte das faixas, falando muito de vida e morte, alma e tudo mais. O ápice vem com Lado de lá, a mais sentimental e mórbida de todo o álbum, ainda assim, linda. Ela se refere ao suicídio de um amigo dela. "Pra quê essa pressa de embarcar/ Na jangada que leva pro lado de lá?"


Uma das minhas músicas favoritas é Pequena Morte, toda trabalhada na sensualidade, quebrando a tristeza, sexy sem ser vulgar. No entanto, para quem não sabe o que é a tal pequena morte, a coisa pode ficar meio perdida. Pequena morte é uma tradução literal da expressão francesa 'petit mort', que é uma metáfora para o orgasmo. É sobre isso que ela fala o tempo todo, amigos.


Boca Aberta também entra para a lista das favoritas. Assim como A Massa, fala de pessoas vazias, dessa vez sem usar tantas metáforas. Eu adoro porque ela retrata algo de que eu sempre falei, todos têm um grande vazio em busca de algo para preencher. Alguns, mais que outros. "Êta, alma - buraco sem fundo / Que se vive tentando preencher."



Já chegando na penúltima música, Setevidas, música homônima ao álbum, foi o primeiro single que marcou a volta de Pitty. Seguindo a metáfora de que gatos tem sete vidas, nos poderíamos cair e levantar vária vezes, sempre mudando, sendo várias pessoas numa só. Porque é assim que a vida é, não é verdade? Na época foi reconfortante ver o clipe e perceber que a velha Pitty estava de volta, pensei que nunca mais ela voltaria à ativa.

"Agora que eu voltei/ Quero ver me aguentaaaar."Pitty mandando recado prazinimiga. #SeCuidaAnitta. Brincadeirinha, pessoal.



E para fechar com chave de ouro, Serpente. A música que define o álbum e, contraditoriamente, é a mais diferente dele. Ela tem uns coros, mantras, influências da música baiana, uma pegada mais zen. Não sei porque, mas me faz lembrar da Pitty de Agridoce. Sem dúvidas, a melhor do disco. 

Setevidasé pra colocar no repeat enquanto junta os caquinhos de 2014 para um belo recomeço em 2015.

Chega dessa pele, é hora de trocar.

Ficha Técnica:
Setevidas (2014) 
Melhor música: “Serpente”
Pior música (ou a menos menos boa): “Um Leão”
Não deixe de ouvir: “Setevidas”, “Pequena Morte”, "Boca Aberta" e "Lado de Lá".
Por que você deveria ouvir?: Pitty é a salvação do rock brasileiro, ainda que alguns achem que ela passa longe disso. Se você não gosta da Pitty antiga (louco), experimente a nova, mais madura e chique, não deixando de lado o seu som de garagem, tudo isso com letras incríveis. Não achou suficiente? Tô viciada nele e é o meu favorito dela até agora. Beijos!

E o tema da semana que vem é... O álbum favorito do seu melhor amigo. Me ferrei.


6 on 6: (2/15)

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Quem já se viu postar o 6 on 6 no dia 15? Ai que vergonha. Tive meus motivos. É que aqui em casa, tenho que esperar todos saírem para começar a fotografar, o que é bem difícil. Para acabar de completar, hoje, quando consegui clicar, tudo saiu errado. Ou seja... fotos péssimas. As que consegui salvar para colocar aqui no post até que dão pro gasto, mas definitivamente não estou satisfeita. 

O legal é que mesmo com os cliques que não deram certo a gente pode aprender um monte e sinto que isso está acontecendo comigo. Estou começando a prestar atenção em várias coisas que eu nem ligava muito antes. Ainda não tá dando muito resultado, mas é errando que se aprende e eu ainda vou me tornar uma fotógrafa razoável daqui pro fim da vida haha.


Bom, vamos ao tema do 6 on 6: cores! Confesso que no início fiquei bem perdida até uma luzinha aparecer em cima da minha cabeça. É claro que escolhi vermelho, minha cor favorita. Cor do pecado, da paixão, do sangue. A ideia foi tentar fazer fotos legais com o que eu tinha de vermelho aqui em casa. O problema mesmo foi o cenário. O chão não realçava a cor do sapato, a luz não estava lá essas coisas, a única parede branca aproveitável ficava num corredor apertado... Argh!


Batom vermelho é clássico, não dava para não usar né? Eu amo. Até pra praia vou de batom vermelho quando me dá aloka. Sou clichê, mas meu preferido continua sendo o Ruby Woo, o dito cujo que aparece na foto. Êta batom maravilhoso! Gosto tanto que tenho um genérico do Boticário beeem parecido que uso só para não gastar o original, haha. Esse aí, só pra ocasiões especiais. Coi de pobre? Sim, e daí? Hm.



Ladys and gentleman, welcome to the Moulin Rouge! É estanho, mas sempre fui fascinada nesse filme mesmo sem nunca tê-lo assistido. Para terem uma ideia, passei o fim da minha infância e pré-adolescência inteirinha sonhando com o momento em que eu dançaria Lady Marmalade na minha festa de 15 anos. Ensaiava e tudo. Na verdade, depois eu entendi que o que me me atraía não era o filme em si, mas todo esse cenário de cabaré, vermelho, espartilhos e cintas-ligas. Sempre achei tudo isso tão lindo, sabe-se lá o porquê. Recentemente, comprei o blu-ray, assisti e amei. Ah, e sobre a minha festa bombástica de 15 anos... não rolou. E quer saber? Não sinto a menor falta. Fiz coisas bem mais interessantes do que isso e ainda pude comemorar com a família e amigos aqui em casa.


Fotografei com o álbum da Taylor por motivos óbvios. Não dava para fazer uma sessão de fotos com o tema vermelho sem um cliquezinho com ele, que se chama Red e é ótimo. A propósito, tô até um pouco parecida com ela, não? ~iludida~


 Não sei o porquê, mas apesar da minha camisa keep calm direto de London, me senti meio pasisiense nessas fotos. Foi aí que lembrei do livro de Ines de La Fressange, A Parisiense, e fotografei com ele porque sim. É vermelho e lindo, quer mais motivos?




6 on 6 é um projeto em que 6 blogueiras postam 6 fotos no dia 6 de cada mês durante 12 meses. 

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Procissão solitária do pecado bom

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Estou sozinha, no meio do mundo, perdida. Me banhei de glitter, despi-me de mim para ser qualquer coisa. Para ser ninguém. De ninguém. Não existirei por quatro dias. Me camuflei de confete e serpentina, meu disfarce é fantasia. Quero ver alguém dizer que sou menina. Por hoje sou mulher. Hoje sou quem eu quiser.

É uma procissão do pecado bom, gente beijando quem tá do lado, é gente saindo da rua pra ir prum quarto, é gente saindo do armário, é gente que tá aqui para não ser lembrado. Fantástico. É felicidade sem motivo, tudo transborda, é excedido. É lindo. É o bom gosto ignorado, os bons costumes também. É todo mundo que se pertence, nesse mar de gente. Parece atraente. Mas não é raro ver maldade, embora ninguém dê a mínima pra realidade. 

E bebida entra, sai a verdade. 

Beat beat beat, mais beats entre as beats. I wanna lose my senses. Azul da cor do céu. Oh céus. O que tô fazendo aqui? Me cerco de conhecidos que chamo de amigos e de amigos que ainda nem conheci. Peço uma água. Reclamo a Alalaô que tá calor. Me jogo no mar. Ainda estou perdida, nem sei se quero me encontrar. Ainda estou sozinha, alguém aqui quer me amar? 

Quero amor de qualquer forma, quero logo e sem demora, alguém que me faça querer ir embora em busca de um lugar a sós, só pra nós. Quero que me ame o ano inteiro, sem descanso de janeiro a janeiro, sem horário de almoço, sem siesta, sem hora para acabar a nossa festa. Quero uma prosa rimada e brega, alguém que alimente meus vícios de poeta ruim. Quero me enrolar contigo num lençol de cetim, quero que você seja a coisa mais linda que já vi. 

Quero te encontrar por aqui. Te procuro debaixo das máscaras e rezo até pra os santos que não tenho fé pra te ver por aí. Engraçado é perceber, que no fim do que deveria ser uma história de carnaval qualquer, estou falando de quem não deveria falar. De quem, de alguma forma, transformou ninguém em alguém e nesse alguém, já pôs nome e sobrenome sem querer nem porquê. De quem tenta fugir dos próprios sentimentos escrevendo sobre quem nem existe e nem isso consegue fazer. Por hoje, não consegui fugir de mim.

E mais uma vez, tudo deu errado. Continuo sozinha, perdida. Já não brilho mais. Não consegui me disfarçar de mim mesma, não consegui ser só ninguém. Sou menina. Não consegui deixar de ser eu. Fracasso. Lembro de tudo. Até do que não aconteceu, do que ficou só na minha cabeça, do que deveria ter saído de lá.

Cadê você? Não apareceste. Disso, não queria lembrar. Devia ter me procurado, já que meu orgulho não me deixou te chamar. Devia ter insistido em mim, ter rezado para os mesmos santos que eu rezei. Devia ter tentado, e não desistido de mim. Ei, não desiste. Vai que eu tenho jeito?

Quer saber? Deixa pra lá. Me esquece.

Já é quarta, e tudo o que quero é que sua lembrança faça que nem ela. Vire cinzas.

Reclamadora compulsiva

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Escrever é um ato de coragem e talvez eu seja uma covarde. Ando fugindo de teclados, lápis e páginas em branco como o diabo da cruz. Escrever dói e liberta, cada letra é uma facada e uma mensagem subliminar de pedido de ajuda. Não sei se sou exatamente discreta no que gostaria deixar nas entrelinhas apenas para bons entendedores, ultimamente minha dor é mais descarada e sem vergonha ainda que disfarçada com um sorriso de quem não está nem aí. Sou péssima em disfarces tanto quanto sou péssima em discrição.

A felicidade não deixa brechas para as palavras. Quem tem tempo de registrar alguma coisa com um sorriso no rosto? Ah, isso não importa. Todos já sabem que a dor faz a arte. Se é assim então, sou o artista preguiçoso que prefere poupar a tinta e as lágrimas ao mesmo tempo. É tudo uma coisa só.

Sou o retrato do egocentrismo da minha geração nem tão romântica assim. Eu quero, eu sinto, eu sonho. Eu não aceito não. Eu importo. Eu sou alguém. Eu. Tenho fama de fria, mas tenho lá meus pontos fracos. Meu bem, sou tão fraca quanto essa folha de papel que estou prestes a rasgar devida força da minha escrita raivosa e inconformada. Só não te deixo saber disso. Queria não saber também.

Ao mesmo tempo, grito aos quatro ventos o quanto acredito que a vida está sendo filha da puta comigo. Já disse que não sei guardar nem meus próprios segredos? Preciso ouvir um "eu te entendo", preciso que alguém fique do meu lado, quero que concorde comigo mesmo sabendo que isso não adianta de nada. Sou uma reclamadora compulsiva, talvez até mal-agradecida, que no fundo acredita que vai arrumar alguma solução todas as vezes que conta sua história. Quem diabos quer saber da minha história?

Quer saber? Meu pai não gosta que eu diga o que penso por aí, mas ele nem deve lembrar que isso existe, então vou meter a real. Tá foda. Tá difícil pra caralho. Vai, pai, deboche de mim ao ler isso. Pode debochar. Você nunca me entendeu nem nunca vai fazer esforço algum para isso. E ainda que você odeie que eu fale palavrão eu vou dizer: que se foda. Você nem deve saber o porquê disso mesmo, você nunca presta atenção, e mesmo se soubesse, não ligaria mesmo.

Céus, eu prometi não escrever sobre o meu pai. Também prometi não mais reclamar, e olhe só o que estou fazendo? Mais um texto de quem não valoriza o que tem só por causa do que não tem. Um amigo fez me sentir ridícula e envergonhada por isso. "Ei, Alice, você não é a única pessoa que tem problemas." Certamente não, ele tinha toda a razão.

Não sei como dar fim nesse diário que não é diário e crônica que não é crônica. Até agora lamentar não resolveu nada nem escrever me libertou de coisa alguma. Minhas palavras só libertaram pensamentos que talvez devessem ter ficados num presídio de segurança máxima ou terem pego pena de morte. Do outro lado da parede ainda tem gente acordada achando que eu não sou ninguém. Talvez eu seja. Talvez eu precise crescer e só dar valor a dores de verdade. Para isso, preciso esquecer. Quem sabe, para de doer?


Sozinhos

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E que fiquemos sozinhos, você sabe o que iria acontecer. Ninguém é o mesmo quando não tem ninguém para ver. Ah, se ficássemos sozinhos. Eu olharia nos seus olhos e você entenderia o recado. Você é sujo. Sujaria-me também. Sujaria minha mente com suas palavras, o meu corpo com suas mãos e o meu coração com o que você me faria sentir.

Da sua boca eu ouviria palavras manjadas de um sedutor qualquer. Inúteis, de fato. Apelaria para sussurros ao pé do ouvido. Lábia tão eficaz que me faria te pedir para calar a boca. Quando ficarmos sozinhos, não vou querer te ouvir, queria te sentir. Em mim. E só.

Por favor, use sua boca para outras coisas. E ao ficarmos sozinhos, vou sentir aquele beijo de leve, bem devagarinho, com aroma de vinho tinto, usando seu lábio macio enquanto faz aquele velho caminho até chegar no ninho. Sem pressa, como se tivéssemos e noite inteira. Em pequenas porções. Você não beija como um faminto, que engole tudo de uma vez. Seu beijo é gourmet. Gosto quando você me degusta, quero sentir seus sabores enquanto você sente os meus.

Com suas mãos, faria o que quisesse. Eu deixaria. Não haveria razão para não ser assim. Eu seria sua e entre aquelas quatro paredes te deixaria me levar para qualquer lugar. Do inferno ao céu, porque não há pecado mais divino ou antítese que faça mais sentido.

Me joga, me morde, me marca. Tô dizendo assim, na lata, sem aspas. Estou sendo sincera como nunca fui. É verdade, sempre tive uma queda por você. As vezes que nossos lábios se encostaram só serviram para deixar minhas pernas bambas e me deixar cada vez mais desequilibrada. Cada vez mais propensa a cair de vez, no chão, de quatro. Arriada, como se diz por essas bandas.

Cê nunca prestou mas as vezes me esqueço disso. Tipo agora, enquanto imaginava a nossa jornada até as estrelas, ou pelo menos até aquele gemido de prazer para ser menos romântica. É claro que ficar sozinha contigo não é boa ideia. Não basta ninguém saber o que eu poderia fazer, eu saberia. Não saberia dizer o que depois viria.

Não sei se me perdoaria, decerto me arrependeria e nem sei se valeria a pena.  A única certeza que tenho é que, ao ficarmos sozinhos, faríamos um espetáculo particular sem script, ensaio ou reprise. Seria bom e eu aplaudiria. 

Já não sei mais de nada. Há uma contagem regressiva. Tic toc tic toc. Você me faz me sentir ridícula. Sequer te amo, meu bem. Mas você me tem e não passa desse ano. Dispa-me na nossa despedida. Sóbrios ou sob o efeito de qualquer coisa para facilitar as coisas. Sabe como é, sempre é bom ter alguma substância para pôr a culpa.

E que enfim fiquemos sozinhos. Como qualquer adolescente idiota, fazendo algo escondido. Depois, nos daríamos adeus e nos encontraríamos esporadicamente até perdermos o contato. Não é assim que costuma acontecer? 

Então que se foda o mundo e venha comigo. Nós vamos ficar sozinhos.

Gélido

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Snow And Plane
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Sorvete de chocolate para adoçar a boca e gelar o coração. Congela minhas lágrimas também, irmão. Como vou conseguir convencer a mim mesma que tudo está bem quando até meu corpo discorda de mim? Faz dessas gotas malditas pedras e não as deixem sair dos meus olhos. Faz de mim rocha, ou pelo menos uma daquelas que com nada se importa. Ou me abre uma porta. Me faz morta.

Trágico. Quem nunca pensou nessas coisas? Não minta, afinal, no meio dessa loucura de vida, é impossível ser lúcido todo dia. Como não ando muito normal, hoje pensei em como morreria. Sou covarde demais para um suicídio. Na verdade, soa pra mim até meio ridículo. Mas enfim, andei pensando besteira como se fossem tão graves assim os meus problemas.

Um copiloto problemático me deu algumas ideias. Se ceifar minha própria existência é uma atitude de coragem e eu não a tenho, pensei que gostaria de inexistir nos ares. Imagina que belo fim seria, cair do céu feito chuva e repousar eternamente entre lençóis brancos feitos de água?

Te soa mórbido ser a vítima inocente de um suicida que quer a companhia de 150 pessoas para com ele atravessar a ponte que te leva ao outro lado? Ah, com certeza. Mas não me julgue, colega. Sou só uma solitária das noites de sexta-feira, pensando hipoteticamente na pior forma de se livrar dos seus problemas.

Eu juntaria algum dinheiro e iria para a Europa. Para lá fugiria, o que fazer não importa. Zanzaria até ficar tonta, iria para a Alemanha até ficar sem grana. Viveria de qualquer forma, até ter que ir embora. E aí o destino se recusaria a me levar de volta para o lugar que nasci.

Mágico. Alguém abraça meu corpo gelado. Ah, como eu a amava. Tudo isso enquanto um outro alguém, de longe, chorava. Ela não merecia. Conversa batida. Foi uma boa menina. Jura, querida? Volta. Não dá mais. Vá em paz.


Vá com Deus. E rezariam por mim como se eu fosse para o céu. Sentiriam minha falta como se eu realmente fizesse diferença. Ou pelo menos isso diriam, pois é de bom tom. Sou dispensável. Como qualquer garota de cabelo pouco controlável que se acha bonita de batom, e não nasceu com nenhum dom.


De diaba à santa, basta um fechar eterno de olhos. De santa ao esquecimento, basta dar algum tempo. Seus devotos perdem-se em seus corpos, depois também viram mortos. Minha alma é comida de bicho e petróleo. Sou carbono e amoníaco. E nem sei o que significa isso. Li num poema asqueroso de um anjo.

E a pensar tantas vezes na forma de morrer, vi que não existe sequer uma boa alternativa. Viver dói, já deixar de viver, não sei. Não há nenhum sentido no universo mesmo. Pra quê isso tudo? Ai, que dor de cabeça. Não sei se gostaria de saber as respostas, nem mesmo sei se elas existem. Mas a incerteza me dá dor de cabeça.

Sei lá. Já disse que sou só alguém só num mundo de gente acompanhada, tentando pôr na tela algumas palavras difíceis e rimas desnecessárias. Perplexa como que aconteceu do outro lado do oceano, tentando cronizar o desastre aéreo do ano. Montes gelados salpicados de confete metálico na TV, sorvete com granulado na minha boca. Adoce-me, mas não me faça morrer com diabetes.

Ah, a alguma conclusão pelo menos eu cheguei. Não quero morrer assim. Não quero morrer de forma alguma.

Mas acho que minha opinião não importa muito,

Disco arranhado

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Venho tentando escrever páginas de diário para a posterioridade e realidade enfeitada travestida de ficção para um único leitor. A cabeça é aberta, o coração é fechado. O tempo é livre, mas cronometrado e limitado. A casa é cheia, o copo vazio. Faz frio e chove. Alguns tetos estão desabando. Tem gente dançando.  Tem gente chorando. Tem gente reclamando. Tem gente jogando a vida fora.

Tem gente ouvindo Ed Sheeran querendo escrever sobre amor. Tem gente achando que sabe o que é amor. Tem gente que dá conselhos a deus e ao mundo sem saber o que fazer com a própria vida. Tem gente sem opinião formada. Tem gente que acha demais. Tem gente que quer viver uma história de amor. Tem gente que não quer sentir dor. Tem gente que quer alguém na cama. Tem gente que treme quando ele chama. Tem gente jogando vários futuros fora. Tem gente idiota. Tem gente que quer ficar. Tem gente que quer ir embora. Tem eu.

Tem gente sendo repetitiva. Okay. Vamos mudar o disco. Só vou te pedir desculpas, todos os que tenho estão arranhados. Bem coerente, até. Porque eu sou um. Sou um disco arranhado por mim mesma. Por aquelas unhas que não tive coragem de cortar desde a última vez que a usei nas costas dele. A última vez que usei e fui usada, na verdade. Hoje sou obsoleta. Um ser em desuso. Um disco que nem roda mais.

E nem vá pensando sacanagem. Não estou falando disso. Minha boca não beija mais, minhas mãos não escrevem mais, meus olhos não leem mais, meus braços não abraçam mais, minha imaginação não viaja mais, nem as lágrimas caem mais, nem o sorriso vem com sinceridade. Só não falta a vontade. De sei lá, viver. De rodar o disco. De mandar um foda-se para o primeiro que me chamar de rodada.

Não estou triste, nem feliz. Apenas entorpecida. Literalmente deixando a vida me levar. Entrei num bote e me lancei no mar, só estou com preguiça de remar. Sabe-se lá onde vou chegar. Ou se algum dia vou chegar em algum lugar. 

Escolhi o pior momento da minha para ser burra. Me deixei emburrecer. Grande burrice.

Comecei um texto e não sei como acabar. Não sei nem como comecei, na verdade. Bom, eis um reflexo da minha vida: minhas palavras. E toda loucura contida nelas. Toda a falta de nexo. Toda a falta de objetivo. Toda a falta de sentido. 

Tem gente precisando de um terapeuta. Ou de mudar o curso no vestibular.

Aranha fantasma

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Ou sou convencida demais ou estão aprendendo a viver sem mim. Pelo visto o intensivão de sete dias está dando resultados para alguns - ou para todos, quem sabe. Não que essa seja a primeira vez que corto os fios da minha teia, só que agora é diferente. Sou uma aranha fantasma que ri e chora da tragicomédia que criou sobre ela mesma, como alguém que se esforça para fazer a vida ser digna de ficção. Bem típico de uma aranha que se acha a tecedeira de palavras.

Meu adeus é tão melancólico quanto cômico. Observar o mundo do lado de fora pode ser bem engraçado, principalmente, quando, esporadicamente, falam de você. Confesso que já esperava ouvir alguma coisa e até me decepcionei pela demora. Mas em mim eles pensaram que eu sei. Alguns pensam até hoje. Vou até ser otimista e pensar que meu nome está na mente de alguém neste exato momento. Não sei o que estão pensando, mas em algum momento, em mim pensaram. 

Olha só, fiz até contato com uma médium. Ou melhor, fui obrigada a isso, já que foi ela que fez contato comigo. Nem todo mundo tem medo de fantasmas. Ela queria saber o que aconteceu comigo. Todos queriam saber, segundo ela. Fiquei tão surpresa quanto feliz, e com saudades. Porém, só pude dar respostas incapazes de responder qualquer coisa. Espíritos não revelam como é o lado de lá.

Imagino se vai ser parecido quando eu morrer de verdade. Se eu vou ter a oportunidade de ver a reação das pessoas, de me meter onde não sou chamada, ver meu corpo cheio de flores num caixão e saber o que cargas d'água vão fazer com ele. A propósito, vou logo dizendo que quero que doem até o último fio de cabelo para a ciência. Se não servi para nada em vida, espero ser útil ao menos na morte. Só tenho certeza de uma coisa. Na boa, não vai ser tão difícil aprender a viver sem mim.

Mas deixar o mundo é bem diferente de deixar a rede. Por enquanto, posso remendar meus fios a hora que eu quiser. Acho que eu nem precisaria dar muitas explicações porque na verdade todos sabem da minha sanidade mental questionável. No entanto, é justamente isso que me deixa um pouco menos louca. Me desligar, vez ou outra. E foi só isso. 

O drama cômico foi sem querer, sem motivo, sem necessidade, mas me divertiu. Peço desculpas por isso.

Segunda-feira 46 médiuns me invocaram e eu vou ter que aparecer. Desejem-me sorte. Querem me remendar.

Férias Cinéfilas: Filmes que vi no recesso de inverno

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let's fly together. ♥ | via Tumblr
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Estava mais do que na hora de falar de outra coisa a não ser dos meus próprios complexos e devaneios que não levam a nada. Enfim, agora vamos falar de filmes. Pois é, finalmente tirei o atraso e consegui ver um monte de filmes (quer dizer, para os meus padrões) nessas férias. Nunca tive o hábito de acompanhar as produções e além de ter muita vontade de conhecer mais o undo do cinema, sempre ficava boiando quando os meus amigos falavam sobre o assunto. Estou cada vez mais interessada, e já que não ando tendo muito capital para investir nos meus livrinhos, vou pelo menos vendo um filme.

Ok, chega de bla bla bla. Pensei em fazer uma resenha decente para cada filme mas percebi que não ia rolar, além do mais, não entendo muito de cinema então não acho que eu tenha muita propriedade para falar do assunto (não que eu tenha para falar de qualquer coisa). Só não me contive em fazer meus comentários, que não é de gente entendida do assunto, porém é de gente que não aguente não dar um só pitaquinho sobre tudo. Aproveitei e coloquei estrelinhas porque sei lá, é legal. Bom, é isso aí

✪ Muita Calma Nessa Hora 2

Vamos começar pelo pior, coincidentemente, o único nacional da lista. Não que eu ache que filmes nacionais sejam ruins, inclusive gosto muito de Muita Calma Nessa Hora mas essa sequência fez jus ao meu pé atrás com continuações e decepcionou. Como no primeiro filme, o segundo é um relato das aventuras de quatro amigas - Tita (Andréia Horta), Mari (Gianni Albertoni), Aninha (Fernanda Souza) e Estrella (Débora Lamm) - praticamente só mudando o cenário, de Búzios ao Rio, num festival de música, onde praticamente tudo (e nada) acontece. Sim, porque a história é bem fraquinha e totalmente solta. Parece até que pegaram boa parte dos comediantes da Globo, juntaram, fizeram qualquer coisa só para vender. Só não posso dizer que não está divertido, confesso que até gosto do Adnet fazendo o paulistão esterotipado e o Lúcio Mauro Filho como o chicleteiro (esse tá no filme só de enfeite). Assiste numa tarde em que você estiver na bad e precisando de um filme para relaxar, e só.

 Cinquenta tons de cinza

Acredito que não tenha mais nada que ninguém não já tenha falado sobre Cinquenta Tons de Cinza, e minha opinião combina bastante com a da maioria. História bem fraquinha e irreal - aquele tombo da Anastasia no início... -, Christian gatíssimo e sexy mesmo com aquele jeitão robótico dele o filme intero, Anastasia songa monga e todos aqueles probleminhas que todo mundo conhece. Sei que estou até errada em julgar sem ter lido o livro inteiro (li o primeiro capítulo e...zzz), mas se a coisa já é ruim no livro, como dizem, não tinha muio a se fazer a não ser que não baseassem o filme no livro. É óbvio que, assim como Muita Calma Nessa Hora, é um filme para vender, a grande diferença é que realmente fizeram esforço pra salvar a coisa inteira. Achei o longa todo elegante e bem feito. Os cenários, a fotografia, os ângulos, a trilha sonora incrível (escuto todos os dias). Pelo menos isso.

✪ O Garoto da Casa ao Lado

Cheguei a me decepcionar mais com O Garoto da Casa ao Lado do que com Cinquenta Tons de Cinza. É claro que o longa estrelado pela Jennifer Lopez é melhor por ter uma história mais complexa e tudo mais, porém eu esperava mais. É um suspense até legalzinho, até me fez refletir sobre assédio, o que caiu como uma luva para mim porque eu estava quebrando a minha cabeça para escrever uma redação justamente sobre essa assunto. Mas simplesmente não me empolgou.

✪ Garotas Inocentes

Garotas Inocentesé a cara da Sessão da Tarde. Conta a história de duas amigas de NY que decidem perder a virgindade antes de entrar na faculdade. Verão, praia, sol, sorvete, e elas se apaixonam pelo mesmo cara. Aí já viu né? No geral achei meio raso e previsível, mas fofinho. 

✪ Spring Breakers

Spring Breakers, quando foi lançado, atraiu olhares por motivos bem fúteis porque, na verdade, todo mundo queria mesmo era ver as estrelas teens dando uma de porra louca. Talvez por isso minhas expectativas já não eram lá tão grandes. Não posso dizer que elas foram superadas, mas o desenrolar da história foi bem diferente do que eu esperava. 

A história não tem lá muita coisa, quatro meninas entediadas na sua cidade natal cometem um assalto para viajar no spring break. Lá, rola muitas drogas e pegação, até que o traficante Alien entra na vida delas e aí começam os problemas. Por um lado, achei muito non sense, eles usam e abusam de cenas bizarras tipo uma simulação de sexo oral numa arma (mais de uma vez). Por outro lado, percebi que a intenção aqui não era exatamente passar uma história empolgante com começo, meio e fim, mas sim passar uma sensação. Tudo tem um climão meio psicodélico, o que me faz pensar se é assim que um drogado se sente. No geral, achei até interessante.

✪ Sniper Americano

Wow. Esse eu AMEI. Sempre ouvia meus amigos comentando sobre esse filme e ficava meio que boiando, com bastante curiosidade. Adoro filmes de guerra, mas sei lá, como o meu horário de cineminha era na madrugadona, preferi dar uma evitada em coisas mais pesadas porque né. Enfim. Minha irmã deu uma folguinha da tv numa tarde e eu consegui, finalmente, ver.

Filmes de guerra americanos geralmente me causam um certo incômodo pelo heroísmo excessivo de tudo que está do lado deles. Como eu já esperava, Sniper Americano seguiu essa mesma linha, mas não posso dizer que isso chegou a me incomodar. Porque, diferente da maioria, percebi verdade nisso tudo. Cinema serve para você ver o mundo de um ponto de vista diferente, seja ele qual for, e todo esse patriotismo se tornou "degustável" para mim justamente por não ser aquela coisa falsa, imaculada e tudo mais. Nota-se que quem fala realmente acredita no que diz.

Senti um jeitão meio de videogame, o que é mais um fato para explicar o fascínio que meus amigos têm por essa obra. Se você já achou que o trailer tem um baita clima de tensão, digo logo que o longa inteiro me deixou assim. Fico imaginando o próprio sniper, como não deve ser. É muito interessante, emocionante e tudo. Vejam. Vejam. Vejam.


Pois é meninas, esses foram alguns dos filmes que vi nas férias. Vou ficar devendo O Jogo da Imitação, A Culpa é das Estrelas, Malévola, Cinderella e Um Dia. Decidi dividir os posts para não ficar tão cansativo.

E vocês, já assistiram alguns desses filmes? O que acharam? 


Resenha em Série: Pablo Escobar, O Senhor do Tráfico

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Nunca fui muito de assistir séries, nunca conseguia começar a assistir uma, sequer acompanhar até o fim. Porém, quando encasqueto com uma, é vício na certa. Já que acompanhar pela tv é quase impossível para mim e pela internet é um saco, o Net Now veio para me dar uma forcinha.  

Quem me recomendou essa série foi - olha só - meu pai. Era engraçado porque ele ficava comentando as histórias do Pablo para todo mundo. Bom, férias, tempo ocioso, vários nadas para fazer... Sacomé, fui ver.

Baseada no livro A Parábola de Pablo, de Alonzo Salazar e a proposta de Pablo Escobar, O Senhor do Tráfico, produzida pela tv colombiana Caracol, é desmistificar a imagem dessa figura para as novas gerações que não viveram o horror da época em que ele esteve no comando. Abrindo com a frase "Aquele que não conhece sua história está condenado a repeti-la", deixa claro que a intenção não é cultuar a imagem do traficante, já que essa ainda é uma questão delicada por lá. Criadores da série, Joana Uribe e Camilo Cano, são familiares de duas das mais notáveis vítimas de assassinato Escobar, o candidato à presidência Luis Carlos Galán e o jornalista Guillermo Cano, por exemplo.



Para quem não sabe, Pablo Emílio Escobar Gavíria foi o maior chefão do tráfico de todos os tempos, além de personagem chave na história contemporânea da Colômbia. Para vocês terem uma ideia, no auge do Cartel de Medellín, lá nos anos 80, eles tinham nas mãos cerca de 80% do tráfico mundial de cocaína e Escobar chegou até a ser eleito o sétimo homem mais rico do planeta pela Forbes.

Não é muito difícil entender porque a série se chama El Patrón del Mal no título original pois para ter tudo o que teve, muito sangue foi derramado. Envolvido em guerras contra cartéis concorrentes, com o governo e até com membros da sua própria organização, O Senhor do Tráfico gastou muitas balas e dinamites, assassinando desde bandidos inimigos a sócios, capitães a soldados, juízes a Ministros da Justiça, candidatos à presidência a jornalistas e no meio disso tudo, muitos, muitos inocentes. Calcula-se cerca de 5 a 10 mil mortes atribuídas a ele.

Por outro lado, era muito querido em sua cidade, sendo considerado até um novo Robin Wood lá pelas bandas de Medellín. Foi eleito vereador e deputado, sonhava em ser presidente da República. E no meio dessa loucura toda, ainda dá pra ver um lado humano nesse cara ao vê-lo chorar desesperadamente pelos familiares mortos ou chamando a filha de algodãozinho.

A série para mim se mostrou mais que uma mera telebiografia del Patrón. Refleti bastante, inclusive, reconheci aqui no Brasil mesmo diversas situações parecidas. Polícia corrupta, políticos idem. Ou joga o jogo ou... Bang bang. O sistema é bruto, amigos. O dinheiro leva o ser humano a fazer coisas absurdas. Quanto a Don Pablo, não sei vocês, mas ele me lembra muito uma versão contemporânea de Lampião com um pouco mais de dinheiro e até tem um quê de Hitler sem tanto poder (nem aquele racismo nojento).


No Brasil, Pablo Escobar, O Senhor do Tráfico passa no canal Globosat + e como de costume não oferece versão em áudio original. Inclusive, não sei porque cargas d'água nenhum canal da globosat oferece essa opção.  Gostaria de treinar o pouco de espanhol que tenho, poxa. A dublagem é sofrível, foi a única coisa que me incomodou. Mas não se preocupem, encontrei no youtube dublado, em espanhol sem legenda e, se não me engano, espanhol com legenda em inglês.

Você só vai precisar de fôlego, porque são 72 capítulos de 45 minutos. Quase uma novela, né? Porém, se você se interessa pela história contemporânea da América Latina, gosta de biografias, quer entender como as coisas nesse ramo funcionam ou sei lá... Pode começar a assistir, tipo, agora.



De tão interessada no assunto, pesquisei loucamente sobre o Cartel de Medellín na internet - além de pesquisar passagens para a Colômbia e procurar cursos de espanhol, hihi - e descobri que vai rolar outra série sobre o assunto no Netflix. E mais, será digrida por José Padilha (o mesmo de Tropa de Elite, que eu adoro). Sabem quem vai interpretar o Pablo? Wagner Moura. Achei meio nada a ver, até o próprio Wagner disse que não se achava a melhor escolha para o papel, mas... ele é muito foda, vamos ver no que vai dar. Pelo que vi, Narcostem um ponto de vista mais americanizado então não sei muito bem o que esperar. Verei e contarei o que achei para vocês.

Ah, vou sempre fazer resenhas de séries, filmes, livros e de qualquer coisa que achar legal por aqui. O que acham?

7 coisas que você precisa saber antes de criar um blog

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Você tá pensando em criar um blog? Ótimo, blogar é incrível mesmo. Mas cê sabe bem onde você tá se metendo? Olha, não sou nenhuma blogueira pop não, só que já tenho um tempinho nesse ramo, já deu para aprender algumas coisinhas. Antes de criar um blog, é bom saber de algumas delas. E eu vou te contar. 

1 Você não vai ficar rica e famosa com o blog

Amiga, deixa eu te contar, você não vai ser a nova Bruna Vieira. E se sua motivação para blogar tem a ver com cifras e flashes, acho bom você rever seus conceitos. Vou falar por mim, é claro que eu adoraria trabalhar com isso, montar na grana, ganhar maquiagem da MAC, viajar de graça, passar um fim de semana numa mansão com a Camila Coutinho, quem não quer? Só 1 entre 10 blogueiros chegam a esse patamar, e posso dizer que quase todos - ou todos eles -, não tinham a menor pretensão de enriquecer no início. Não estou querendo acabar com os sonhos de ninguém porque também tenho os meus, a questão é que, se você já começar o blog como um negócio, vai se tornar algo artificial. Veja que a maioria começou como um desabafo ou brincadeira, de forma espontânea, as pessoas gostaram, as oportunidades foram aparecendo e só. Blogue porque é bom, é uma terapia. O resto é consequência.

2 Você precisa ser verdadeira

Você precisa ser verdadeira. Sim, precisa falar do que gosta, falar a verdade, falar o que pensa. Precisa ser você. Não adianta forçar ser alguém que você não é. Fica artificial, todo mundo percebe e ninguém gosta. Imagina você, que é toda fofa e tímida, querendo dar uma de Kéfera no Youtube ou uma garota que não aguenta nem quatro horas de viagem de Maceió para Recife pagando de aspirante a Nômade Digital? Não dá né? Concordo que nem tudo de nós é para ser colocado na internet, mas isso é fácil de resolver. Ou fique calada, ou fale o que pensa, do seu jeito. Não tente ser ninguém. Mostre sua personalidade e seja feliz.


3 Prepare-se para ser julgada.

Se você quer blogar, você vai ter que se expôr. A não ser que seja uma blogueira anônima, o que é muito legal, mas muito complicado para mim. E com toda essa exposição - das suas ideias, da sua imagem, do seu conteúdo, da sua rotina, do seus gostos - você vai ser julgada. Não precisa nem fazer um mega texto dando opinião sobre um assunto polêmico. Qualquer coisa que você fizer, você será julgada. E a quantidade de julgamentos é diretamente proporcional à fama do seu blog. Quanto mais gente te conhece, mais gente põe defeito até onde não existe. Inclusive sua família e amigos. Gente, é sério, já tive tantos problemas por causa disso. Chega uma hora que a gente aprende a evitar ouvir o que não se quer ouvir. Aprendemos a nos calar. Para mim, essa é uma das partes mais complicada. Ser verdadeira, autêntica, falar o que penso, ter que lidar com a opinião de pessoas conhecidas e não me prender por isso. Mas não se preocupe, use o filtro do bom senso e ligue o foda-se.
Saudades dessa época </3

4 ♥ Você vai conhecer muita gente legal (e outras nem tanto)

Não vai caber nos dedos o tanto de gente inspiradora que você vai conhecer - as vezes pode até ser amiga de algumas delas. Quem sabe até você não se torne inspiração para alguém? Não sei se isso já aconteceu comigo alguma vez, mas eu com certeza ficaria muito feliz por isso. Nesses sei lá quantos anos de blog, fiz muitas amizades. Infelizmente, essas amizades podem ser bem efêmeras. Hoje, não tenho contato com quase ninguém, nossos mundos mudaram. O que não significa que eu não tenha passado momentos incríveis com elas, seja virtual ou pessoalmente. Por outro lado... A blogosfera também é recheada de gente chata (Segue de volta?) e interesseira. Afinal, nem toda todo mundo é verdadeiro. Falsiannes estão em todo lugar...

5 ♥ Muitas ideias = pouco tempo / Muito tempo = poucas ideias.

O que é pior, bloqueio criativo ou falta de tempo? Não sei, mas você vai ter que lidar tanto com um tanto com outro. A quantidade e qualidade de ideias é inversamente proporcional ao seu tempo. Sejamos sinceros, todo blogueiro já fez pelo menos alguma vez na vida um postzinho para encher linguiça. Tá, ninguém vai morrer por isso. Porém, se você realmente não tem exatamente nada para falar, seja pelo motivo que for, não fica enchendo teu blog de besteira não, vai por mim. Bloqueio criativo é um saco mas, por incrível que pareça, faz parte de todo processo. Outra coisa que vai acontecer inúmeras vezes é ter milhões de ideias e, por algum motivo, não ter tempo para colocá-las em prática. Ou sei lá, mil e uma dificuldades vão aparecer do nada. É lasca, viu. Não é tão fácil quanto parece.

6 Você vai se aprimorar.

Você vai estar sempre escrevendo, ou seja, vai dar um super upgrade na sua escrita. E nem precisa escrever textos imensos e complexos não. Qualquer blog, seja de qual assunto for, tem que ter uma texto legal. Claro que você não vai começar como o mais novo Machado de Assis, mas, aos pouquinhos, vai perceber errinhos, consertar, formar seu estilo, tornar a leitura mais agradável. Suas notas em redação agradecem. E não é só isso não. Se você fala de livros, provavelmente, lerá mais. Se você fala de moda, vai se vestir cada vez melhor. Se você fala sobre viagens, vai conhecer destinos e truques que a maioria não conhece. Quem produz conteúdo tem que estar sempre estudando sobre aquilo que fala. Se você tem um blog pessoal, fala de tudo e nada ao mesmo tempo -tipo eu -, vai aprender um pouquinho de cada coisa e, no meio disso tudo, vai acabar até se conhecendo mais um pouquinho. Fora que, como a maioria tem que se virar sozinho, acaba se tornando fotógrafo, editor, ilustrador, web designer e por aí vai...

7  Você vai amar tudo isso

As vezes vai dar uma puta canseira disso tudo. Você vai jogar tudo para o alto e deixar pra lá. Passar meses sem escrever uma palavra. No entanto, na real, é bem provável que apesar dos pesares, você se apaixone por esse mundo. E não queira sair dele nunca. Blogar é bom demais, pessoal. <3


Esse post faz parte da blogagem coletiva do Grupo Hello! do Facebook.

Carta ao leitor amigo

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http://weheartit.com/entry/190499124/search?context_type=search&context_user=sumejjaporca&page=6&query=nerd

Caro leitor,

Essa é para você. Que a carapuça lhe sirva, ou não. Você nãoé meu melhor amigo. Sabe, não acredito isso. Ninguém é melhor ou pior. Cada pessoa que entra na sua vida, veio para contribuir de alguma forma diferente. Algumas duram muito tempo sem significar tanta coisa, outras só precisam de um piscar de olhos para mudar sua existência. Não sei em que categoria você se encaixa, nem procuro isso. Mas você está me lendo, e isso já te dá uma importância absurda.

Você foi escolhido por uma questão de justiça e prática. Afinal, cartas são feitas para serem lidas. É engraçado conviver com uma pessoa por tanto temo e só conhecê-la mais de meia década depois. Embora ainda  nem tenhamos tantas histórias juntos para contar, você já sabe boa parte das minhas e vice-versa. Tem noção de quantas horas conversávamos diariamente?

Eu sou seu mal caminho. Sua vida é um trem expresso para o sucesso. A minha viaja num trilho cheio de curvas, sem destino. Você me ajuda a não descarrilar. Fui a segunda melhor professora das melhores coisas inúteis, enquanto você tentava me ensinar coisas úteis que me levaria a algum lugar. Te agradeço pelo apoio, peço perdão pelo meu desperdício.

Guardo para mim a minha opinião sobre alguns de seus outros amigos. Portanto, não direi a verdade, só a verdade, somente a verdade. Algumas coisas a gente não precisa ouvir. Mas eu, euzinha, não sou como eles. Não quero te sugar. Não sou uma parasita. Que nota você dá pra mim por não notar tanto assim suas notas?

Falo por códigos só para enganar a mim mesma. Sei que você já entendeu o início, o meio, e provavelmente já sabe até como será o fim das minhas histórias. Sabe nomes, telefones, endereços e os documentos. Você se faz de idiota só para me deixar mais confortável. Continue assim. Inclusive, faça de conta que nem escrevi nada para você por aqui.

Amigo, não parece que vamos ter muito tempo até ganharmos o mundo. Temos que viver nossas próprias histórias. Coisas que vamos contar para os filhos que não pretendemos ter. Ou melhor, coisas que não contaríamos nem para a nossa sombra. Temos um quarto de ano para não pôr nenhum plano em prática. Vamos praticar a juventude? Juntos.

Fica, se puder. Vai, se a vida te levar. Lembra, se eu for tão inesquecível quanto você.

Saudações,
Sua amiga escritora.

Esse post faz parte da blogagem coletiva do grupo ROTAROOTS - Blogueiros de Raíz. 
O tema do mês foi Carta prx(s) melhor(es) amigx(s), clique aqui para ler mais.







Olha o #BEDA aí, gente!

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Blog Every Day August. Sim, é o #VEDA dos blogs, no mês dos blogs. Ergam suas taças!

Para você que ainda tâ boiando, deixe-me contar. Dia 31 de agosto é o dia intergalático da consciência blogueira, ou só Blog Day mesmo. Uma data especial, cheia de amor e abraços virtuais nesse mundo blogosférico lindo.

Mas um dia só era pouco.

Por isso, o ROTAROOTS, grupo do facebook para blogueiros de raiz, criou um projeto super legal para movimentar a blogosfera: postar todos os dias do mês de agosto - como os vloggers fazem em abril - e no fim, acabar o chamado #BEDA no blog day. 

Quem me acompanha por aqui sabe que eu sou péssima com esse tipo de coisa. 6 on 6, um álbum por semana, ou qualquer outro projeto que eu tenha tentado seguir por aqui. Furou foi tudo. Não ponho minha mão no fogo pelo #BEDA também não, afinal, não tenho um histórico bom para isso mas... sim, eu vou participar e seja o que Zeus quiser.

Esse não é um mês muito tranquilo para mim, definitivamente. Vou viajar em setembro, tenho provas, trabalhos, enem tá aí.. Ainda assim, vou participar. Tô com uma situação bem peculiar na escola, e bem, com a minha vida. Nada melhor então que uma boa distração.

Vão ter que me aturar.

Beeeeijos. 



Não existe chegada sem partida

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http://weheartit.com/entry/36957131/search?context_type=search&context_user=giovanna_roberta&query=saudade&sort=most_popular

Ontem me despedi. Uma pessoa se foi da minha vida. Quer dizer, mais ou menos. Pelo menos se tem data para voltar. Ele só não vai estar mais do outro lado da rua por alguns meses. Coisa boba. Além do mais, nem saiu do nordeste e vai vir nos visitar sempre. É só mais uma pessoa seguindo a vida. Nada mais normal.

Apitos de navio. Pé na estrada. Decolagens e aterrissagens. Não vou dizer que isso não mexeu comigo. Lugares lotados de gente que ao mesmo tempo se enche e se esvazia. Gosto deles. Idas. E porque não, vindas. Afinal, é preciso deixar um lugar para chegar em outro. Escolham suas escolhas e renúncias. Não existe chegada sem partida. 

Eu, que sempre me imaginei naquela situação, assisti tudo de camarote. Quase que literalmente. Eu me solidarizava, fingia entender exatamente como era aquela situação. Eu o invejava. Ao mesmo tempo, menosprezava todas aquelas lágrimas. 

Chorei sim, mas não pelos mesmos motivos. Chorei porque já estava chorosa mesmo por tudo e por nada. Mas choraria da mesma maneira se não estivesse. Chorei para mim quando ninguém viu. Porque sou assim. Chorei porque por muito tempo acreditei que seria por mim que chorariam de saudade - ou sei lá porque - e não por ele. Pensei que essa seria a minha hora de ir embora. Não consegui. Não dá mais para voltar para casa com um blazer cheio de bottons. Jamais vou ter uma família nova por um ano. Acabou a chance, passei do tempo. 

Chorei tanto que me senti ridícula por pensar tanto em mim. De despedida, já sei de cor a teoria. Pensei como gostaria que fosse a minha. Gosto de coisas simples e especiais. A essa altura do campeonato, só dava para uma lembrança. Dos cinco sentidos, quis ser lembrada pelo paladar. Fiz a única coisa que sei fazer, brigadeiros. Um pouco de doçura para tirar o gosto salgado das lágrimas. Quis ser lembrada pela visão também. Soldados sempre carregam fotos, é o que vejo nos filmes. E cartas com ordens expressas para só serem abertas quando a distância fosse grande o suficiente. Posso ser razoavelmente boa com as palavras, não com prazos. Portanto, só pude deixar um boa viagem escrito com caneta borrada num verso de fotografia antiga.

Enfiei o depósito de diabetes e alegria num bolso de mala sem ser notada. O abracei como todos os outros. Ainda não aprendi a abraçar. Nem a dizer com a boca as palavras que eu escreveria. Nem a chorar nos momentos convenientes. Eu só sorria. Espero que ele não pense que eu não me importei. Alguns telefonemas. Acenos da área de embarque. Juras de amor eterno para a namorada. Moedas da sorte. Acho engraçado. Pareceu até que alguém iria à guerra. A cena era a mesma, só trocar as roupas e pôr em preto e branco. Adoraria ter levado minha câmera.

Parece que alguém ganhou asas sem nem ter pego um avião. As bagagens foram postas no bagageiro do ônibus e, olhando para nós, ele bateu continência. Seus pais assistiam a cena abraçados. Minha mãe soluçava como não faria pela própria filha. Dava para vê-lo do assento, acenando. Assistimos a partida e fomos embora. Tínhamos que continuar jogando. A propósito, não sei como nenhuma outra língua consegue sobreviver sem a palavra saudade.

Porém, não fico triste por ele. Ele partiu porque precisava chegar. Eu quero também. Só preciso me lembrar que ninguém vai sem sair do lugar.




Mãe, tô na Europa

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Alice Renise disse (13:44):
 Oi Mamãe.
 Sei que não ligamos, mas foi porque não conseguimos.
Alice Renise disse (13:46):
 O dinheiro vivo está acabando, e quando fomos sacar no cartão, a máquina ficou com ele, e ficamos com medo de usá-la de novo, mesmo que tenhamos resolvido o problema, agora só temos um cartão.
 Tentamos a cobrar, mas sempre dá alguma coisa errada.
 Estamos em Viena, na Áustria, e está muito frio.
Alice Renise disse (13:47):
 Painho tá doido pra voltar, já me perguntou "Vamos voltar para Maceió?" algumas vezes, e não foi brincando.
Alice Renise disse (13:50):
 Quando chegamos aqui em Viena, anteontem a noite, não achamos o papel com o nome do Hotel para falar para o taxista, nem o pen drive que também tinha essa informação. Ele colocou a culpa em mim, e quase voltamos para o Aeroporto voltar para Maceió mesmo. Mas achamos o pen drive, e mais tarde o papel, e ficou tudo ok.
Alice Renise disse (13:52):
 Ele deu um mal jeito na coluna quando foi colocar a mala naqueles negócios que fica em cima do trem, bagageiro, sei lá. Mas ele diz que só doi quando tosse.
Alice Renise disse (13:53):
 Aquele outro probleminha dele tá ok, mas dá o ar da graça as vezes.
Alice Renise disse (13:54):
 Eu tô com muuuuuuuita saudade (mesmo que você pense que não), mas eu não quero voltar para a casa mesmo assim. Eu não vim tão longe para morrer na praia, certo? Quero ir para Berlim, Londres e Paris.
Alice Renise disse (13:55):
 Por mim nem íamos a Praga amanhã sabe, sei lá, pode ser bonito e tal, mas...
 Ontem fomos em Bratislava, Eslováquia. Cidade bonitinha, mas sem sal, sabe?
Alice Renise disse (13:57):
 Aqui em Viena tem cada coisa linda, mas tá muuito frio. Mas é mais morgadinha.
Alice Renise disse (13:58):
 Eu gostei de Roma, mas o que tem aqui de morgadinho, lá tem de desorganizado, mas Roma é linda e a comida é bem melhor.
Alice Renise disse (13:59):
 Compramos umas coisas numa padaria e viemos para o Hotel. Painho tá no banheiro, acho que tá no banho, sei lá.
 Sério, nunca comi tanto croissant.
Alice Renise disse (14:00):
 E não acho ruim, é a mesma coisa em tudo quanto é canto, e é uma delícia! Ao menos eu acho, kkk.
 Ah, encontrei o meu Toddynho!
 Primeiro na Itália, agora na Áustria.
 E nem é diferente do Todinho no Brasil viu.
Alice Renise disse (14:01):
 Comprei um All Star em Milão, te disse?
Alice Renise disse (14:03):
 Compramos presentes para o Tio Carlos (camisa da Heineken), Tio Marcelo (cubo de Van Gogh), Tia Ana (santinho no Vaticano), Tia Mabel (terço), e para Vó Lia (santinho). Comprei um Chapéu de palha para mim, que eu tô usando muito aqui, tanto que tá até meio repetitivo.
Alice Renise disse (14:04):
 Comprei uma Máscara de Veneza também! Ela é linda, vermelha, com penas vermelhas e duas pretas. Mas foi carinha viu, 12 euros, aliás, tudo é caro em Veneza, kkkk.
Alice Renise disse (14:06):
 Acho que vai ser difícil a gente se encontrar por aqui num mesmo horário, pois depois que eu sair daqui (painho não vai deixar até tarde), vou arrumar minhas coisas para amanhã.
 Ah, sabe o que eu fiquei com raiva? Painho não deixou eu tomar meu úitimo sorvete italiano! Vê se pode? Só porque o dia tava um pouquinho frio...
Alice Renise disse (14:08):
 Mamãe, que saudade! Quero voltar, mas antes eu preciso sofrer mais um pouquinho. Afinal, se já estou aqui a viagem tem que ir até o final!
 Estamos andando tanto... Ladeirinhas, escadas, carregando malas até a estação...
Alice Renise disse (14:09):
 kkkkk, beijão Mãe, responde aí, tá?

*Guardei isso do histórico do msn e acabei achando no arquivo do blog(?) enquanto procurava alguma coisa para postar no #BEDA. Sei lá, resolvi postar. Achei o texto exatamente assim, estava em Viena, numa Eurotrip que fiz em 2012 com meu pai. Eu não mandava muitas notícias para a minha mãe, nesse dia eu resolvi atualizá-la. Ah, saudades.

*Quando escrevi sobra a viagem por aqui, acabei deixando Viena de fora. A foto melhorzinha que achei foi essa, além do mais, nem vimos tantas coisas por lá.

*Percebi que realmente tem muita foto que eu não mostrei por aqui. Vou resolver isso em breve.



Por que eu NÃO sonho com um carro

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Talvez essa pauta já seja bem manjada e óbvia, mas se por acaso não se tornou óbvio para você, acho bom que fique bem claro. Vou começar com três palavrinhas chave: poluição, engarrafamento, sedentarismo. Acho que vocês já sabem do que se trata.

Todos querem uma geringonça de quatro rodas, cinco lugares, para, de preferência, sair por aí andando sozinho do trabalho para casa. É sonho de consumo. É status, é coisa pra "pegar mulher", é sinal de quem tá se dando bem na vida. Risos. Não me leve a mal, adoro carros. Eles são como as lanchas, as motos são como os jet skis e os pedestres são como os banhistas. Eles, de fato, são legais. Não perco um museuzinho de automóveis, inclusive. Não que eu entenda disso nem nada, só acho legal mesmo. Carros são confortáveis, cômodos. Uma road trip então, não tem como dispensar. Uma delícia. Uma invenção incrível, não ha como discordar. Só maravilhas? Nem tanto.


Vamos começar então por onde dói mais, no bolso. Esse troço custa caro. Claro que nos últimos anos, com os milhares de incentivos, ter um ficou mais fácil. O que não significa que manter aquelas quatro rodinhas seja barato. Fora o próprio valor que se paga na concessionária, tem um monte de imposto, combustível, manutenção... Ai, já tá dando dor de cabeça. 

Ainda assim as pessoas compram carros. Além daquela questão do status, realmente há uma necessidade. Afinal, são para eles que as cidades são construídas. E isso é bizarro. Será que ninguém nunca pensou que isso não daria certo? Se em Maceió o trânsito é uma loucura, imagina em cidades como São Paulo? Simplesmente não dá. Não tem como criar espaço. Só se construírem inúmeras túneis e viadutos o que, na boa, sabemos que é inviável. Nem lugar para estacionar tem. E quando tem, é o olho da cara. E isso não é besteira não. Perde-se muito tempo no trânsito. Muito mesmo. É uma perda de tempo de vida, de tempo produtivo, de saúde mental. Quase todo mundo perde. Sim, quase. Porque se vivemos nesse sistema, é porque alguém muito poderoso tá ganhando é muito.

Agora imagine que o melhor urbanista do mundo faz um puta de um projeto que abrigue ainda mais carros na cidade sem engarrafamentos. Problemas resolvidos? Não. Mais carros, mais poluentes na atmosfera. E, na boa, não precisa ser nenhum especialista para saber que aquele ar das metrópoles não faz bem para a saúde humana, quanto mais para a saúde do planeta. As consequências disso tudo vocês podem imaginar.

Falando em saúde, não acho que essa coisa de ficar sentada um tempão faça bem. Não sou ninguém para falar de sedentarismo, confesso. Mas vou fazer outra confissão: acho hilário quem paga uma grana preta na academia porém não vai nem à padaria a pé. Não vou pôr a culpa do sedentarismo nos carros, só não posso negar que sim, eles contribuem com tudo isso. Ah, não preciso dizer as consequências do sedentarismo não né?

O mais perto que cheguei de pedalar em Amsterdã e a guria que tirou a foto faz uma cagada dessas...
É por isso que em vez de passar toda a minha vida juntando dinheiro para andar motorizada, vou sonhar com outra coisa. Sabe o que eu quero mesmo? Sair despreocupada sabendo que vou ter um transporte público bacana para usar, tirar a minha bicicleta da garagem, ser mais livre. Ainda não posso fazer isso nem sei se um dia vou poder, pelo menos no Brasil. Só agora vieram acordar, a passos de lesma, sobre esse assunto. E - pasmem - tem gente que ainda critica quando algum prefeito abençoado resolve colocar ciclovias. É claro que pintar um pedacinho da rua de vermelho não resolve tudo. Precisamos de sistemas eficientes para aluguel de bicicletas, integrar as magrelas com o transporte público, criar leis para melhorar a vida do ciclista no trânsito e por aí vai. E o mais importante (e difícil): dar segurança para que ninguém saia aterrorizado com a possibilidade nem tão remota assim de um maluco por uma arma na tua cabeça e tomar tua bike.

Bons exemplos não faltam. Céus, quando fui à Amsterdam, conheci o paraíso. O resto da Europa, ou pelo menos as partes que visitei, também estão a anos-luz a frente do Brasil no quesito mobilidade. Quando vi aquela rede maravilhosa de trens, metrôs, ônibus, bicicletas, e até os carros. Lá, pelo menos a preferência é pelos pequenos (diferente dos brasileiros que acham lindo aquelas jamantas de fazenda para andar sozinho na cidade), fora que muitos são elétricos. Eu fiquei encantada.

Não dá pra ficar comparando Brasil-Europa como se fosse céu e inferno porque são realidades completamente distintas. Inclusive, os superestimados Estados Unidos da América, no geral, também não me parecem nada amigáveis com qualquer meio de transporte que não seja o carro, por exemplo. Mas é claro que dá para fazer alguma coisa. Governantes, hello! Ai se eu pudesse ser escutada e atendida...

Não que eu possa fazer muita coisa além de um textinho. Na verdade, não tenho a intenção de mudar nada sozinha. Talvez eu precise me render. Talvez um dia eu compre um carro e parcele em 52 prestações. Até gostaria de um para pôr o pé na estrada de vez em quando, se tiver grana suficiente. Só queria falar o quanto o mundo seria mais legal se as pessoas deixassem isso um pouco de lado, só isso. Queria pedalar para a escola por aqui sem que parecesse tentativa de suicídio. Que isso não fosse "coisa de pobre". Que eu não fosse considerada uma sonhadora utópica só por isso.


Minha bicicleta só conhece a orla, quero apresentá-la o resto da cidade. É por isso que eu não sonho com carros. Sonho com um lugar feito para duas rodas, quatro, oito, dezesseis... mas, sobretudo, um lugar feito para pessoas.

5 esportes que eu praticaria

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Sou péssima em esportes. Sempre fui. Tá provado e comprovado que não nasci para esse tipo de coisa. Perguntem a qualquer pessoa que já tenha me visto com uma bola na mão. Confesso que nem acompanhar esportes eu acompanho, já até comentei por aqui que meu amor por esse tipo de coisa é sazonal. Amo eventos esportivos. Copa,  Mundial, PanAm, Olimpíadas de verão, Olimpíadas de inverno... Eu e minha mãe não saímos da tv.

CARA, SÓ FALTA UM ANO PARA AS OLIMPÍADAS DO RIO!

O tempo passa voando mesmo. Inclusive, queria muito ter sido voluntária nos jogos de 2016, o que não foi possível por conta da idade - argh. Acho que nem ver um joguinho ao vivo (como na copa) vai rolar, mas tudo bem. Amo esse clima de qualquer forma.

Apesar de não ser tão fã assim de esportes, adoraria praticar alguns. Infelizmente não tive experiências tão boas com isso mas seria ótimo poder tentar de novo. Já tô velhinha mas né... hihi. Enfim, vamos à lista.

Tumblr

1 Hipismo

Confesso que o principal motivo pelo qual eu faria hipismo é bem fútil. Ai gente, que roupa mais linda. Cavalos também são lindos. É tudo tão fino, acho chique. Até hoje não tive experiências muito positivas com equinos mas por que não? Se tivesse oportunidade$, arriscaria no esporte com certeza. O nome da minha égua seria Paris e providenciaria logo minhas calças de montaria, botas, pólos e fraques. Ai ai.

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2 Esgrima

Adoraria me sentir uma guerreira. Quer mais motivos para fazer esgrima? Na escola, não podia ver dois pedaços de pau e já procurava alguém para fazer uma pequena luta de espadas comigo. Sacomé, anos vendo isso em filmes. Além do mais, é tão elegante quanto hipismo. Imagina um combo dos dois? Ah, seria perfeito. Provavelmente eu não ganharia nem medalha de latão, minha coordenação motora é péssima. Triste fim.

Untitled

3 ♥ Nado Sincronizado

O primeiro esporte que pratiquei foi natação na primeira série. Não durou mais que seis meses, peguei uma gripe fortíssima na época e acabei largando. Também era péssima, mas eu adorava porque né, era uma piscina. Quem não gosta de piscina? E quem não gosta de dançar? Queria saber quem teve a ideia maravilhosa de juntar água com dança. Apesar de achar nado sincronizado lindo, também achava engraçado. Aquela teatrinho todo antes de entrar na água, o sorriso exagerado, as touquinhas, aquele prendedor de nariz... Faz parte, mas não deixa de ser hilário. Dentro da água, as coreografias são de babar. Quem nunca tentou imitar? Haha. Nesse esporte talvez eu não fosse tão mal assim. De qualquer forma, eu me divertiria, me refrescaria (Maceió, né) e ainda por cima ficaria com um corpinho legal.

Passion

4 ♥ Ginástica Artística

Imagino que eu seria uma péssima ginasta. Não sou sou tão baixinha, imagino que 1,65 seja uma gigante para elas. E o que é mais necessário para a tarefa, eu também não tenho: força. Além do equilíbrio e flexibilidade. Melhor desistir né? Ok, talento não tenho mesmo. Mas, por que cargas d'água, na era em que tudo vira fitness, ninguém nunca resolveu adaptar isso aí para as academias? Eu juro que me matriculava no mesmo instante. Queria rodopiar nas assimétricas, saltar ao som da manjadíssima Brasileirinhas, dar um duplo twist carpado (ou pelo menos saber o que diabos é isso) e o mais importante, realizar meu sonho de infância de me equilibrar naquela trave.  


5 ♥ Ginástica Ritmica

Por último - e não menos importante - ginástica rítmica! Sempre via as apresentações das minhas primas até que na segunda série entrei para o esporte. Foi puro amor. Poder me apresentar, embora sem nunca ter sequer competido foi incrível. Mais uma vez, não durou mais que um ano. A escola, prestes a falir, fez uns cortes nos esportes e a professora teve que vazar. Lamentável. Ainda não superei essa coisa de estar velha demais para voltar a fazer GR. Culpa dos meus pais, que me enrolaram todos esses anos. Apenas lágrimas. Ginástica é vida, gente. Ah, meu aparelho preferido é o arco, embora a fita seja mais bonita. De qualquer forma, não posso pegar nada que já tô jogando para cima e tentando pegar. Eu amava fazer e até hoje sei abrir escala e por o pé lá em cima. Chupa haters. Ok, nem taaanto. Mas tenho certeza que eu conseguiria recuperar boa parte da minha flexibilidade. Esse esporte sim, não posso ver passando na TV que paro para assistir e morrer de inveja. Como eu queria fazer aquelas coisas...

Untitled | via Tumblr

♥ BÔNUS: Patinação Artística

Nunca patinei no gelo. Tá aí uma coisa para colocar na listinha das coisas que não fiz e tenho que fazer urgentemente. Culpa dos filmes americanos, que me fazem sonhar com coisas que nunca vão existir por aqui. Imagino que não seja difícil patinar no gelo, pelo menos andar com os patins de rodinhas foi fácil para mim. Enfim, com uma lista dessas não é tão difícil entender porque eu sou louca para praticar esse troço né? É lindo demais, gente. Mas levando em consideração que aqui em Maceió nunca vai ter gelo e eu não vou patinar com as crianças no Natal, eu aceitaria feliz uma baladinha roller 70s. Meu sonho de consumo da vez é um belo patins quad, já que não dá pra andar com essa lâmina no asfalto. E eu vou comprar. Aguardem.

E vocês, que esportes gostariam de praticar? Contem!

♥ Esse post é o meme de agosto do grupo do facebook Rotaroots - Blogueiras de Raíz.



Week links (semana 31)

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Sábado é dia de linkagem semanal (pelo menos daqui em diante vai ser, haha), um apanhado do melhor que vi na internet na semana. Vem ver!

Se acha fodão demais para ser manipulado? Quer saber como acontece essa coisa de lavagem cerebral? Dá um clique aí em cima.

razoes pelas quais as pessoas sofrem lavagem cerebral 3

Me apaixonei por esse estilo de tatuagem. Sério, tô pensando seriamente em fazer uma do tipo. É delicada, diferente, parece que a pele foi bordada a mão. Amei.

2015-08-01 13.47.47

Conheci o blog da Yasmin através do BEDA e foi só ler a palavra "intercâmbio" no about para já ficar de olhinhos brilhando. Ler sobre curiosidades de países é tão legal. Me interessei pelo Canadá depois de ter uma professora de inglês de lá, e depois desse post me interessei ainda mais.


Adoro o Hypeness, sempre com coisas úteis e/ou legais e/ou inspiradoras para a nossa vidinha. Esse post de título irônico, fala sobre a polêmica legalização da maconha. Vale o clique.

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Festa é comigo mesmo, haha. Aqui a Geovanna dá algumas ideias para incrementar a sua. Ah se eu pudesse fazer uma farrinha aqui em casa amanhã mesmo...




♥ Aceita em Stanford | Depois dos Quinze
Se eu já acho a história da Bruna mega inspiradora, a dessa garota é beem mais. Cara, ela foi aceita em 9 universidades americanas. Me senti um lixo depois dessa entrevista. A propósito, a Gerórgia é linda demais, gente.

Sou a única que acha que o mundo tá ficando bem chato? Depois do vídeo da Gabbie, percebi que não.



♥ Fui linkada!

A Lívia  linkou meu post sobre 7 coisas que você precisa saber antes de criar um blog no blog lindão e florado dela, o BeLivs, O legal foi que eu descobri que ela fez uma Eurotrip recentemente e tô babando nos posts dela. Só amor.

Também tem links legais para compartilhar? Deixe nos comentários!

Now Playing: Dear Dad

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Não gosto do dia dos pais. Nem das mães, nem dos namorados... Já entendeu né?

Mas hoje... não sei, continuo não gostando da data, mas me deu uma vontade de sei lá, falar sobre isso e ao mesmo tempo... Desculpem as reticências. É que para mim é difícil falar de uma pessoa tão singular na minha vida. Tão antagônica. Tão eu. Ele consegue passear pelos extremos mais profundos de minhas emoções. De me proporcionar a maior das felicidades e a maior das tristezas. Das minhas melhores às piores lembranças, ele está lá nas duas. É bizarro.

O que não sei se ele sabe, nem sei se quero deixá-lo saber, é o quando eu fucking love him. Ele é o tipo de cara que se olha e diz: quero ser assim quando crescer. Não por ter grana, um emprego dos sonhos ou ser a pessoa mais bondosa do mundo, até porque ele não é nada disso. A propósito, detesto aquele mimimi de "Pai Herói" ou qualquer clichê do tipo. Ele não é perfeito. Odeio perfeição.

Ele viveu muito e continua vivendo. Não falo em quantidade, falo em intensidade. 50 e poucos anos sem se desfazer dos seus planos nem por mim, nem por ninguém. Às vezes, ele parece até um menino porque, secretamente, a gente se adora. Ele me tira desse lugar até muito mais de 93 mil milhas de distância. Tem dias que pomos fogo no mundo, depois me leva para casa. Porém, não me deixa esquecer que a vida é dura. È, a vida tem dessas coisas.

Não encontrei alguém para amar, ainda é o único que eu quero para a minha vida. Sortuda é a mãe. Papai nem sempre é bom com sua filha, mas sei que ele me adora e me acha foda. Imagino o dia em que estarei num aeroporto, dessa vez sozinha, porque por amor ele me deixará ir. Ele deve saber o quanto acredito. Afinal, - mais do que ninguém - sabe que não dá para parar o trem. Só temos que viver. And we've been doing it our way.

Inconsciente, tentei ser como ele quando crescesse. Até agora, não passo de uma cópia paraguaia de um aspirante à alemão. Céus, grandes garotas não choram, porra. I don't want to talk about it. Deixe que nossas músicas falem por mim.

Clique em mais informações para ouvir as músicas 





















*Esse post obviamenteé em homenagem ao dia dos pais, por mais que eu não goste da data. Quis escrever sobre mas como evito o assunto, achei melhor fazer minha pequena coletânea de músicas que me lembrem meu pai para ouvir quando desse vontade. Acabei escrevendo um pouco mesmo assim porque não consigo não escrever muito. Ah, sobre as músicas, elas são ou músicas que marcaram por ouvirmos juntos num momento legal, ou músicas que ele gosta muito, ou músicas que só eu gosto mas que de alguma forma acho que tem a ver com ele. Todas lembram meu pai.

E vocês, que música fazem vocês lembrarem o pai de vocês? Me contem!
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